02/08/2010

O despertar para a Vida

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Despertar para a Vida

O verbo despertar tem várias conotações: despertar do sono, da inércia, do torpor, do desânimo, da rotina, da apatia, do comodismo, do desgosto pela vida...

A mais empregada é a do despertar do sono, que ocorre em geral pela manhã - o despertar para o dia, para o trabalho, para ir à escola, ou para qualquer outro afazer.

Nem sempre o despertar do sono é prazeroso e animador. Para suavizar os pequenos transtornos, recorremos aos recursos de que dispomos: o espreguiçar, um cafezinho...

Já nos demais sentidos o despertar precisa de diversificados recursos pessoais tais como: conscientização, incentivo, motivação, esforço, persistência e até mesmo algum tratamento especial.

O despertar para a vida é mais complexo e significativo e, portanto, merece melhor consideração.

Na verdade vivemos, convivemos e participamos da vida, mas pouco ou quase nada sabemos do seu verdadeiro sentido. Convém, pois, despertar para a vida. Por que vivemos? Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? O que estamos fazendo aqui? (1)

Antes de mais nada convém uma advertência: ao invés de ficar pensando na vida, remoendo o passado e conjeturando o futuro, preocupando-nos com os problemas e dificuldades que a vida nos apresenta, e reclamando de tudo, o melhor é conhecê-la com mais propriedade, compreendê-la bem, ver e admirar seus encantos, usufruir das suas dádivas e, ambientar-se com ela.

A Filosofia, e a Ciência, aliadas às faculdades naturais de que dispomos: inteligência, sentimento, vontade, livrearbítrio, sociabilidade, religiosidade, muito contribuem para o nosso despertar para a vida. (2)

Uma vez despertados para a vida cabe-nos vivenciar da maneira mais proveitosa digna e feliz a nossa existência, de acordo com as nossas necessidades e predileções: o trabalho remunerado, o trabalho voluntário, o convívio familiar, o convívio com amigos e colegas, as viagens e os passeios, os compromissos pessoais, sociais e religiosos, os hobbies e os entretenimentos pueris...

Convém lembrar que a ociosidade e o isolamento, a falta de iniciativas e o receio de desafios, concorrem ocultamente para impedir o despertar para a vida. Um pouco de ousadia, de indiscrição, de fantasias e dos comedidos prazeres da vida não fazem mal a ninguém... E como alegram a vida!

Fonte: Escola da Vida / Escola da Vida II




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