Mulheres buscam seu espaço no mercado de TI
Escrito por: Ramiro Martini, CEO da Cinco TI
A tecnologia sempre foi considerada como parte do universo masculino, e por muito tempo as mulheres encontraram dificuldades para serem acolhidas por esse mercado – tanto é que, no histórico de atuação no setor, predominam fortemente os homens. Entretanto, a coisa está mudando e hoje em dia mulheres do Brasil e do mundo já estão desbravando o território da TI: segundo a Sociedade Brasileira de Computação, de 2001 a 2009 houve um aumento de aproximadamente 165% no número de alunas que concluíram cursos relacionados à tecnologia. Motivadas pelo espaço e pelas oportunidades abundantes, elas mergulham no universo da TI, mudando drasticamente o cenário existente.
O mercado sofreu grandes alterações nos últimos anos, tornando a área bastante promissora. Uma rotina de trabalho que antes era muito estruturada e com entregas excessivamente determinísticas, hoje é dinâmica e se baseia muito nos serviços de atendimento e customização. Além disso, o design também se torna parte fundamental, seja no sentido clássico do design ou no sentido de proposição e construção de novas soluções.
E, não surpreendentemente, as mulheres têm se destacado nessas funções mais sensíveis e subjetivas – além, claro, de ocuparem com maestria as posições técnicas e de gestão. Mais do que nunca, a TI exige que seus profissionais sejam criativos e tragam valores diferenciados ao mercado. A interminável busca por inovação requer que as mulheres da tecnologia sejam persuasivas e convincentes, que agreguem à equipe e que busquem negociação, engajamento e estabilidade na realização dos projetos. Nesses aspectos, o perfil feminino oferece vantagem
Entretanto, as adversidades também existem e não podem ser ignoradas. Além da qualificação e do profissionalismo exigidos naturalmente, as mulheres ainda precisam lidar com o preconceito arraigado em um ambiente majoritariamente masculino. Para alcançar o reconhecimento profissional, o esforço é constante e dobrado. Mesmo que os salários sejam bons, assim como ocorre em todos os mercados, o sexo feminino ainda fica desfavorecido ao compararmos as médias salariais.
Nos cargos de liderança, a disputa entre homens e mulheres também segue os moldes que estamos acostumados a ver em todas as áreas, embora várias posições de destaque na área da tecnologia já sejam ocupadas por profissionais femininas – Marissa Mayer (CEO do Yahoo), Meg Whitman (CEO da HP), Sheryl Sandberg (COO do Facebook), Virginia Rometty (presidente e CEO da IBM) e muitas outras. A esperança é de que o papel feminino seja cada vez mais reconhecido e valorizado dentro das empresas e colabore para o desenvolvimento da área de tecnologia no Brasil.
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