APRENDENDO COM A NATUREZA
Consideremos a Natureza como sendo o conjunto de tudo que existe no Universo e que não tenha sido criado pelo homem.
Assim, os seres brutos, os seres vivos, os seres animais, os seres vegetais, as forças e energias, os fenômenos naturais, bem como as leis naturais que regem todo o Universo, constituem a Natureza.
O homem é o ser racional da Natureza dotado de faculdades que lhe permitem o crescente desenvolvimento intelectual e moral.
A Vida é um dom da Natureza.
A Natureza é generosa em proporcionar recursos providenciais para a vida: a terra produz os mais variados alimentos, medicamentos e outros bens; as mudanças climáticas atendem às diversidades de situações ambientais; o ar que respiramos é imprescindível para as funções orgânicas...
Contudo, a Natureza é pródiga em lições de vida. Se não, vejamos.
Através de suas sábias e imutáveis leis ela exerce sobre nós um rigoroso controle dos nossos atos e atitudes. E é implacável quanto ao descumprimento das mesmas.
Assim é que, proporcionando ao homem os atrativos e prazeres dos bens materiais, a Natureza o instiga a viver e a usufruir desses bens para a conservação da vida, para o trabalho, para procriar, para promover o progresso e, principalmente, para desenvolver a sua razão e preservá-lo dos excessos.
Os gozos têm limites traçados pela Natureza e os excessos trazem por consequência natural os dissabores do fastio e os transtornos comuns a todos os abusos: eis aí o exemplo concreto de uma lição de vida.
Recentemente ocorreu-me uma lição de “persistência”: A plantinha, uma linda trepadeira, cujo nome eu desconheço, crescia viçosa e esparramara seus ramos e flores por sobre a pérgula, diante da porta da entrada do quintal para a casa.
Muito a contragosto teve que ser removida, do lugar em que havia sido plantada, por três vezes consecutivas ,em decorrência de reformas no quintal e assentamento de piso de concreto.
Da última vez, o ressurgimento demorou alguns meses e até já havia sido esquecida por nós.
Para surpresa de todos vimos numa manhã que ela brotara das entranhas do muro, ainda mais saudável e bonita, como se estivesse proclamando a vitória da sua persistência.
É claro que mereceu um tratamento especial e todo o nosso carinho.
(Luiz Gonzaga S. Ferreira - Araraquara, 25/04/09)
Fonte: Escola da Vida
0 comentários:
Postar um comentário