Ofensas e Melindres
Dentre as inúmeras adversidades que constituem experiências de vida: problemas, dificuldades, preocupações, envolvimentos, etc. as ofensas e os melindres merecem destaque.
Uma ofensa consiste em certa palavra ou ação, que fere alguém na sua dignidade. Pode tratar-se de uma calúnia, de uma injúria, de uma difamação, de um ultraje, de um agravo, de uma transgressão, de uma violação de regras...
A ofensa é sentida pelo ofendido como uma falta de consideração, um desacato, um menosprezo: à pessoa, às sua ideias, aos seus princípios, aos seus sentimentos.
O melindre consiste em uma reação neurótica às ofensas e resulta de uma suscetibilidade da parte da pessoa que se sente ofendida mesmo que supostamente.
Tanto a ofensa como o melindre pode dificultar, prejudicar e até impedir os nossos relacionamentos interpessoais e interinstitucionais com prejuízos materiais, de sociabilidade e, até mesmo, emocionais.
A questão “ofensas e melindres”, por tratar de um fator negativo da qualidade de vida, deve ser considerada por todos os que se propõem à tarefa educativa.
Quanto às ofensas recomenda-se, aos desavisados: moderação e gentileza nas palavras, nos gestos e nas atitudes para com os seus pares, e pedido de desculpas quando necessário; ter sempre em conta que, a boa intenção em corrigir erros, negar pedidos descabidos e, opor-se a atos desaconselháveis, não justifica a agressividade que, às vezes, nem é percebida pelo “ofensor”.
Quanto aos melindres recomenda-se, aos suscetíveis: ponderação, calma, compreensão, entendimentos, perdão e esquecimento.
A ideia do perdão não se configura unicamente como prescrição religiosa mas também, e principalmente nesse caso, como recurso para a harmonização de pensamentos, de ressentimentos, e de relacionamentos.
Luiz Gonzaga S.Ferreira - Araraquara, 10/10/2010
Fonte: Escola da Vida / Escola da Vida II
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