COMO TEMPERAR A VIDA
Encontramos no “Aurélio”: “temperar. v.t.d. 2. Tornar mais fraco ou brando, suavizar, amenizar...”
Já imaginou a vida sem “tempero”? Seria, no mínimo, insossa e muito monótona, quando não, difícil de ser suportável.
Providencialmente a Natureza nos fornece os mais sofisticados e finos “temperos” para torná-la palatável e, até mesmo, desejável a ponto de tudo fazermos para conservá-la por maior tempo possível, experimentando com sofreguidão todos os seus paladares.
Imaginemos como seria complicada a perpetuação da vida animal se não houvesse prazer na atividade sexual, ou se ingeríssemos os alimentos apenas para o sustento do corpo, como quem faz uso de um remédio...
Sabemos que, ao instinto de conservação, são associados dois prazeres básicos: o do sexo e o da alimentação.
O anseio de prazer, intimamente associado à Conservação, que é uma lei da Natureza, estará sempre presente no ser humano.
A Natureza, porém, traça os limites dos prazeres e, bem assim, as consequências dos excessos ou mau uso dos mesmos para a nossa saúde e bem viver, assim como acontece com o uso inadequado dos ingredientes culinários.
Ao homem, dotado de inteligência e livrearbítrio, compete saber como “temperar a sua vida” utilizando, com sabedoria e controle os ingredientes naturais que lhe estimulam viver... E viver bem.
Com fundamento nos dois prazeres básicos há uma imensa variedade de “temperos” que podem ser buscados, ou criados, conforme a personalidade e o gosto de cada um de nós: um hobby, um trabalho agradável, uma atividade prazerosa, uma participação social, uma recreação lúdica, uma atividade cultural ou religiosa, uma pesquisa, etc... etc.
O que não se pode, sob pena de deteriorar a própria vida, é cultivar a ociosidade, o desalento, o medo e a falta de autoestima.
A vida, quando bem “temperada”, pode e deve ser comparada a um saboroso e nutritivo manjar!
Luiz Gonzaga S. Ferreira - Araraquara, 11/10/09
Fonte: Escola da Vida
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